A sabedoria que busco
"... então, eu estava com ele e era seu arquiteto..." Provérbios 8: 30

O canteiro de obras que almejo
"...Oh! Tomara que me abençoes e me alargues as fronteiras..." 1 Crônicas 4: 10

O lugar que prefiro
"Eu amo, Senhor, a habitação de tua casa e o lugar onde tua glória assiste." Salmos 26: 8

A cidade em que aguardo morar
"... da qual Deus é o arquiteto e edificador." Hebreus 11: 10

O Arquiteto que me inspira
"No princípio, criou Deus os céus e a terra." Gênesis 1:1

domingo, 18 de agosto de 2019

Cores - criação e revelação de Deus na paisagem

De tudo que se estudou se estuda ou se estudará a respeito de Deus, uma coisa é certa: Deus é... um mistério.

Tomemos os sons(*) como objeto de estudo, em suas variações da fala, da música nas expressões humanas. Por exemplo: na fala hebraica, sussurros materializam letras (como hê, hêt); na música árabe, tons, semitons, e menores fragmentações ainda, compõem uma melodia; em cantos indígenas, a perfeita sintonia entre ritmo e síncope conduz um coro acurado e preciso. De modo que, para nossa percepção ocidental e/ou urbana, não raro carente de empatia cosmopolita (global e inclusiva), há elementos que a nós tornam essas expressões sonoras... um mistério.
Consideremos, por um instante, a Bíblia(*): alguns dos diferentes contextos históricos e sociais das narrativas ali registadas; o pensamento hebraico versus o nosso, com as relevantes diferenças de raciocínio e compreensão; a cultura oriental, diametralmente distante da nossa. Nesse ínterim, toda manifestação comportamental e geograficamente apartada de nosso próprio contexto é, para nossa formação,... um mistério.

Observemos, agora, o nosso ambiente(*), nosso entorno, o lugar onde vivemos: a linha de educação escolhida pela família do vizinho; os hábitos dos colegas de estudo ou trabalho; a fé adotada e proclamada por nossos familiares e amigos. Em cada uma dessas circunstâncias há escolhas e ações praticadas as quais, diante de nossas convicções e crenças, são... um mistério.

Então, sendo tudo uma questão  de referências e perspectivas, quando é que algo deixa de ser mistério?(*)

Muito se tem buscado entender mais sobre a natureza das coisas, sobre a origem da vida e, primordialmente, sobre a essência de Deus. Quanto às coisas, há um certo consenso. Quanto à origem da vida, há um antagonismo imenso. Quanto a Deus, um multinômio pretenso.

Nessa infinidade de possibilidades de compreensão, separo aqui duas analogias que intentam explicar, chegar perto do que seja a essência de Deus como Ser Único, ao mesmo tempo que triplamente personificado.



Primeira analogia: água, em seus três estados físicos básicos - sólido, líquido e gasoso(*).

Segunda analogia: ar, em seus três estágios básicos de movimento e intensidade - brisa, vento moderado e tempestade(*).
Peço licença para discordar de ambas. Motivo: falta de simultaneidade. Ou seja, para que os estados físicos da água e os estágios de movimento e intensidade do ar aconteçam, três condições ambientais diferentes e não simultâneas precisam ocorrer. Ao passo que, tratando-se de Deus, Único e Triúno, as três Pessoas relacionam-Se, coexistem simultaneamente, insubordinadamente e independentemente de condições e barreiras de qualquer natureza. E isso é, precisamente, a onipresença de Deus que, aliada à onisciência e onipotência, constitui alguns de Seus atributos e faz parte de Sua essência magnífica, tanto quanto misteriosa; soberana, tanto quanto amorosa.

Daí voltamos à pergunta: quando é que algo deixa de ser mistério? Resposta: quando é plenamente desvendado. Por conseguinte, Deus será mistério até que seja totalmente desvendado. E quando Deus será totalmente desvendado? Ele mesmo, por meio do sábio, responde essa: "... a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito." ou "O caminho do homem justo fica cada vez mais claro à medida que ele avança, como quando o sol aparece e o dia vai ficando mais claro". Essas duas versões de Provérbios 4:18 (ARA e Bíblia Viva) discorrem bem sobre nossa caminhada de aprendizagem durante a vida e sobre a vida. Na verdade, do termo "luz da aurora" ou "sol que aparece", fica outra pergunta: em que ponto se dá o "dia perfeito", o ápice do "dia ficando mais claro"? O que se percebe é que sobre as coisas e sobre algo da própria vida podemos até ter alguns estudos concluídos. Tratando-se de Deus, no entanto, ainda não nos formamos nessa escola. Ouso dizer que jamais nos formaremos nela. Não por incapacidade nossa de aprender, mas por inesgotabilidade de Deus em desejar, em se deleitar, em amar Se relacionar conosco.

Compilando as ideias e avançando:
  • Deus é um mistério. Ok.
  • Deus é amor. Ok.
  • o amor se revela em relacionamentos. Ok.
Portanto:
  • Deus é um mistério relacional. Um mistério relacional que ocorre nas alturas, no Céu dos céus (interage entre Si mesmo, e com as criaturas celestiais), e que também se inclina para a Terra (interage conosco).
Assim sendo, como melhor compreender a essência relacional de um Deus que é Único, Triúno e acessível? Se não água... Se não ar... O que pode ser? Há como chegar mais perto de revelar esse mistério?

Bom, não custa tentar: (vermelho + azul + amarelo) = (?) Cores? Certo. Mas há muito mais nessa fórmula. Por ora, sigamos nesse caminho, já que aprendemos que ele vai clarear ainda mais enquanto andamos. Sabe aquele disco de cores(*) que aprendíamos na escola, dividido pelas cores primárias, depois as secundárias, e com um eixo no meio para que o disco girasse? Pois é! O que acontecia quando era girado? Tudo banquinho, branquinho... as cores sumiam! Melhor, se "relacionavam” tão perfeitamente que se tornavam uma só, o branco. Pelo menos, aparentemente. Na realidade, as cores protagonistas ainda estavam lá, em individualidade e essência. Atuando de forma tão intensa e harmônica que nossa percepção limitada não as podia distinguir, apenas contemplar o resultado.

Aprimorando a fórmula: (vermelho + azul+ amarelo) = (luz). Aquela "luz da aurora", o "sol que aparece", de Provérbios 4:18, lembra? E luz é a união de todas as cores. Podemos visualizar esse fenômeno durante a dispersão da luz ao passar por um prisma(*) de vidro ou num chuvisco, por exemplo, difundindo as cores do arco-íris. Podemos notar a diversidade de manifestação do espectro de cores no período do dia, entre o amanhecer (amareladas, alaranjadas e avermelhadas, que vemos, e azuis e violetas, que não vemos), passando pela metade da parte clara do dia (azuis, que vemos, e violetas, amareladas, alaranjadas e avermelhadas, que não vemos) e terminando com o entardecer (amareladas, alaranjadas e avermelhadas, que vemos, e azuis e violetas, que não vemos). Só porque não vemos algumas das cores, não quer dizer que não estejam lá.

De modo semelhante, Deus atua no que vemos e no que não vemos. De um jeito ou de outro, Ele está lá. E é intrigante o fato de que as cores, assim como Deus, estão presentes de forma simultânea na natureza, em todo o lugar e ao mesmo tempo. Com seus tons primários ou em matizes, todas as composições são possíveis às cores. As alternativas de combinações não se esgotam, ao contrário, se multiplicam e se concretizam em novas e surpreendentes nuances. Acreditamos ter encontrado uma preferência absoluta, só para logo em seguida ficarmos encantados, maravilhados com um novo arranjo ainda mais belo.

Analogamente ao que acontece em relação às cores, precisamos de uma superfície dispersora tanto para enxergar os mistérios da essência divina e, ao menos em parte, compreendê-los, quanto para compartilharmos com outras pessoas o entendimento até então alcançado. Dessas interações, se devidamente filtradas por uma superfície dispersora idônea, resultam as convergências harmônicas dos relacionamentos. Do contrário, surgem os conflitos.

Eis porque é tão necessário mantermos um filtro imparcial, equilibrado diante de qualquer empreendimento que nos propusermos realizar. Para que apreciemos todas as cores, até as que não vemos; para que registremos todos os sons, até os que não reconhecemos; desfrutemos de todos os cantos, ainda que os não decifremos; admiremos todas as culturas, sobremaneira as que não assimilamos; desculpemos todas as faltas, inclusive as que não reconhecemos; honremos todas as crenças, ainda que delas não compartilhemos; adoremos o Deus em quem cremos, a despeito do quanto sobre Ele nós já (ou ainda não) sabemos.

Sim, Deus, que é mistério, é amor. E amor com muita, mas muita cor, já que é Ele a própria Luz e também o Dispersor.

Por fim, cores parecem mesmo ser um bom dispositivo de estudo da essência de um Deus Eterno, Único e Triúno. São uma imensurável oportunidade de, a partir delas, ampliar a perspectiva e alargar as fronteiras do conhecimento pela vereda da vida e pelo tempo que houver Luz. Quanto tempo? Eternamente. Alguém arrisca outro palpite?

SJ

(*) Fonte das imagens: Internet



terça-feira, 7 de maio de 2019

Sobra alguma = perda nenhuma



Esta postagem é bem curtinha:





...a sobra de argamassa rendeu um vaso de conchinha

e, pra parear com esse vaso, outro mini, da sobrinha.




O que fazer com a próxima sobra??? Adivinha...

SJ
Musgos - versáteis e encantadores


A despeito de toda a complexidade e variedade que definem essas pequenas plantas, musgos são organismos que bem podem surgir espontaneamente e se desenvolver sentindo-se muito à vontade naqueles cantinhos sombrios e úmidos do jardim.

Com o manejo correto e condições adequadas, adaptam-se a um novo habitat e aceitam compartilhar o espaço com outras espécies, o que resulta em cenários inusitados e surpreendentemente inspiradores.

Na terrina de alumínio, a nandina, também conhecida como avenca-japonesa e que, no solo, atinge dois metros de altura, assume aqui a vez de uma árvore de grande porte. Ao lado, a samambaia-chinesa, típica de frestas de muros, se aventura na casca de coco.

Numa composição, a presença de musgos facilmente se torna um convite a soltar a imaginação, desafiando e transformando escalas, perspectivas e proporções.

Assim, sempre que a criatividade somar a cuidadosa escolha de plantas ao garimpo de materiais disponíveis bem à mão, o resultado pode superar as expectativas... até dos musgos.

SJ

domingo, 21 de abril de 2019

Reuso - sempre uma opção


E lá estava ele, guardado de novo. Na parede por muito tempo, ele antes serviu muitas sopas por muitos anos. Já fez parte de composições divertidas, colorindo a mesa nas refeições.

Agora, o último prato fundo da antiga coberta de mesa da minha mãe aguardava a próxima aventura. E seria bom que fosse uma inusitada pra idade, mas que não o colocasse em risco de quebrar como aconteceu a todos os outros.





Bom, a nova aventura chegou. Desta vez, por sabe-se lá quanto tempo, ele vai abrigar algo... vivo.





Por certo, a ideia não é inédita e nem ele é a primeira louça a dar uma de suporte para arranjo de musgos. Mas é único. É o prato da minha infância e das minha memórias queridas. Tem aquelas florzinhas, pintadas à mão, que ainda me fazem inclinar a cabeça pro lado e sorrir de saudade.

E, pelo que dá pra notar, os novos "usuários" parecem bem satisfeitos.

SJ
Reaproveitamento - mais um!


Dentro da ideia de reaproveitar aquelas sobras guardadas - como botões, presilhas, contas e rebites - chegou a vez das miçangas.


A utilidade escolhida foram os pesos para papel. Optar por usar pedras que foram salvas de acabar num aterro foi a decisão imediata. Dispor as miçangas sobre elas foi a parte divertida. E, claro, sem deixar passar a oportunidade de compartilhar sementes; as dos pacotinhos e as das ideias😉.



Para proteger as delicadas miçangas, plástico bolha (guardo todos!). Saquinhos de papel laminado dupla face para embalar, fechados com um trio de cores de diferentes linhas de tricô e crochê. É isso.



Como o propósito era presentear, o garimpo de materiais seguiu até encontrar uma embalagem à altura das peças; original, ao mesmo tempo que segura, para que os objetos chegassem intactos até o destino. Yep! Ficou muito bom.




Alguns dos mimos da foto ao lado foram destinados a palestrantes de um evento. Outros, a amigos(as) muito especiais.

Conforme dá para perceber, essa proposta de reaproveitamento - como todas as do blog - é uma chamada a alinhar criatividade e manejo sustentável. Não só dos elementos da natureza mas também de todos os outros que a impactam.





Atitude sustentável pode [e deve!] estar em tudo. A questão é: quanto mais se pode fazer com tanto menos...???

SJ


quinta-feira, 11 de abril de 2019

FEMATPel 2019




O quê
6ª edição da Feira do Meio Ambiente e Turismo Pelotas - FEMATPel

Quando
17, 18 e 19 de maio de 2019

Onde
Praia do Laranjal, próximo ao Centro Comercial Mar de Dentro

Objetivo
"Este evento tem por finalidade a Educação Ambiental e o desenvolvimento econômico regional através do Turismo, bem como a congregação de pessoas, entidades sociais e empresas. Esta iniciativa é de cunho comunitário e estamos proporcionando este espaço para todos os que desejarem expor seus produtos, serviços e ações em prol do Meio Ambiente e Turismo"

Missão
"Plantar ideias novas e inovadoras para colher bons frutos no futuro através da Educação Ambiental"

Para saber mais sobre a Feira, estrutura e edições:
https://www.facebook.com/fematpel/

A cada ano mais perto de chegar mais longe.
A cada dia maior vontade de fazer melhor. 

Visite. Participe. Envolva-se.

SJ
E então... por onde andamos?

Sim por onde andamos com nossas ações por espaços públicos requalificados e compartilhados?

Aos poucos, os recantos e acessos da Praça do Largo Vernetti, Pelotas/RS, vão hospedando a materialização de um sonho conjunto. E vão transformando a paisagem rumo ao tão desejado ambiente saudável.

Recordando... Em 2016, a proposta de requalificação da praça, uma iniciativa do Projeto Quatro Jardins - sustentHABILidade (http://proecoarq.blogspot.com/2014/09/quatro-jardins-oprojeto-quatro-jardins.html) em parceria com o Centro de Vida Saudável - CVS Pelotas, ganhou o apoio do Poder Público e vem dando frutos desde então (https://proecoarq.blogspot.com/search?q=espa%C3%A7os+coletivos).

A partir do estudo preliminar de usos, definido junto à comunidade do entorno da praça e traçado pelo Quatro Jardins, as áreas ganharam as definições urbanísticas para fomentar a execução da proposta através do projeto definitivo e do orçamento, ambos elaborados pela Secretaria de Gestão da Cidade e Mobilidade Urbana - SGCMU.

Desde então, os integrantes da parceria vêm ponderando sobre as possibilidades de execução gradativa do projeto, partindo das necessidades mais imediatas, até atingir sua integralidade.




A primeira faixa de segurança para pedestres já foi implantada pela Secretaria de Transporte e Trânsito - STT.



O primeiro equipamento de lazer ativo, a pracinha das crianças, foi implantada pela Secretaria de Qualidade Ambiental - SQA.






A respectiva proteção para que as crianças brinquem seguras foi iniciada com suporte do Departamento de Educação Ambiental - DEA, setor da SQA, com a participação de voluntários apoiadores do Quatro Jardins, e com manutenção da comunidade da praça. Uma barreira vegetal começa a tomar forma e resguarda a área de brincadeiras próxima à rua mais movimentada, tanto quanto embeleza e define a circulação no passeio público.


Atualmente, vem sendo estruturado o investimento conjunto entre comunidade e Poder Público visando aquisição e manutenção de mobiliário urbano e equipamentos de iluminação para as áreas de convívio já renovadas.

Cada passo rumo à materialização completa da proposta tem sido cuidadosamente conduzido de forma a manter a comunidade envolvida, mobilizada e motivada a seguir adiante. 

Primordialmente, sempre que o Projeto Quatro Jardins - sustentHABILidade tiver concluído sua participação em sensibilizar e mobilizar pessoas, aqueles que ficarem, ou seja, os que moram e circulam diuturnamente nos espaços públicos onde se inserem, serão estes os mais efetivos gestores da nova paisagem. Pois, se ela foi objeto de seus próprios planos, será, por certo, o afeto de seus próprios cuidados.

Por ora,... em frente. Ainda há muito chão a percorrer por aqui.

SJ

http://www.pelotas.com.br/noticia/quatro-jardins-revitaliza-pracinha-do-largo-vernetti